de madrugada espantam-se os pássaros
asas flutuantes criadoras do vento
procissão cantante
onde nascem
flores entregues ao bailado
onde desmaiam
pétalas entregues ao destino.
vestidas as asas de um rápido azul
esgotam-se na lentidão
da paisagem
esgotam o alvoroço
das águas
beijam de sede
seios floridos.
da terra desvastada soa a fertilidade
a um breve esgar de melancolia.
ocheiro das raízes cobre as casas, amadurecidas
as árvores brotam
o verde, a sombra
das mãos assentes em Deus, arquejam
Papoilas.
Fotografia retirada da net.
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