As mãos dormem sentadas
ao relento da casa.
os dedos cansados recolhem escombros
luz nocturna
ao relento das árvores.
não adormeças esta noite.
A lua transpira tranquilidade.
mães esperando o seu rebento
de olhos em pranto
como se todas as coisas fossem criação
quando alguém chora.
mãos suspiram
reconstroem gestos
e o fogo surge
emergente.
não adormeças esta noite.
Quando no silêncio da árvores
a mãe chora
a intimidade das raízes em sufoco
surge poética
sentada
nos recantos da casa.
Fotografia de Lilya Corneli.
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