do amor sei as mães que cantam as coisas
mortas, a traqueia que desce a fechar-se vazia
a parte ardida. o fundo, uma gaveta e eu. e eu
a pensar o contorno do óleo no escuro
dos dedos. diz-me, sabes a rosa que transpira? lembro-a
quando ainda fechamos os olhos, os fingimos morrer para
depois nos amarmos muito. do amor, eu ouço portas
a gritar a espessura da noite, a madeira frágil
a encher a casa. um plátano de seda
a parte ardida. o fundo, uma gaveta e eu. e eu
a pensar o contorno do óleo no escuro
dos dedos. diz-me, sabes a rosa que transpira? lembro-a
quando ainda fechamos os olhos, os fingimos morrer para
depois nos amarmos muito. do amor, eu ouço portas
a gritar a espessura da noite, a madeira frágil
a encher a casa. um plátano de seda
a repetir-se na sombra.
Fotografia de Berenika.
30 comentários:
------------do amor sei o contorno de vir aqui....
procurar e encontrar o sentido maior do que não sendo claramente dito é exponencialmente grito.
beijo.
ainda me admiro quando em ti admiro
a lucidez da escrita
.
.
.
perdida entre o antes e o depois
.
fico.me o beijo
( dividido a meio )
Deixo-me estar roçando a cara na cortina. Macia. Do amor. De ti.
atrás da cortina, aida, quantos poemas adormecem clandestinamente?
beijinho enorme.
Não é por seres tão bela e sensual, não.
Admiro a luz que vês e que gera nas minhas noites a libertação.
O que dizes resvala sobre a alma e reverbera.
Comigo partilhas carinhosamente os teus tremores,
transportas-te por entre o doce vermelho e negro, do amor.
Como te agradecer... uma rosa para ti.
princesa aïda!
havia.me esquecido que as princesas cumprimenta.se com reverência
então
penitencio.me
e
retiro.me
reverentemente
( mas deixo.te um beijo amigo ,às escondidas!!!!! )
*cumprimentam.se - desculpa.
Aida
Demoro e quando venho...é uma delícia ler-te.
della
(depois de uma ausência prolongada da minha parte nos blogs apareci)
e gosto de ler
(embora este em especial arrepie)
Sons que são testemunhas e cumplices de dois amantes, numa volupia do desejo.
Bjo doce
As mães são gavetas... que acabamos por já não saber arrumar, dentro do crescimento do «mobiliário» que vamos acumulando.
A ausência traz saudades...Aquí escreve-se muito bem e com o coração...Sentí no fundo do peito a emotividade das tuas palavras...Radiante de voltar a lêr-te!
Abraços para tí!
do amor.
que vai do ponto ao final
as mães... esse sopro de fogo até à morte!
Isabel,
que doces palavrinhas as tuas.
Obrigada pela ternura.
Um beijinho muito grande:)
amiga gabriela,
:)
Um beijinho meu, também às escondidas!
Pedro,
o toque da cortina é macio
mas nem sempre é leve.
Um abraço grande.
Querida Alice,
alguns adormecem, outros esperam em silêncio a boa hora.
Um beijinho enorme:)
Vi dois rinocerontes,
Obrigada pelas palavrinhas e pela rosa.
Um abraço.
Della-Porther,
é sempre bom receber-te aqui.
Um abraço grande
teresa,
que bom o teu regresso!
Um abraço bom.
Presença,
Um abraço:)
Embuçado,
«...E o filho senta-se com a sua mãe à cabeçeira da mesa,
e através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas chávenas e nos garfos.
E através da mãe o filho pensa
que nenhuma morte é possível...»
Herberto helder.
Um abraço.
Luiz,
as minhas cigarras gostam que voltes sempre.
Um abraço grande:)
Letras de Babel,
És bem vinda!
Um abraço.
Sophia,
as mães...sempre esse sopro que dizes.concordo com as tuas palavras e deixo-te um poema de Daniel Faria:
«A mãe disse-lhe escreve-me
De lá de longe para onde vais
E ela disse não é longe casar
E a mãe sorria de dor
E parecia de deslumbramento»
Um abraço.
gostei muito deste poema, menina-fã-de-b.berenika. já cá tinha vindo antes roubar-te as fotografias. :)
Lindíssimo...
Beijos
Aramis
menina limão que também é marota?
:)
Um abraço.
Aramis,
obrigada pelas palavrinhas:)
Um abraço grande.
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