ainda há pouco confundia a geografia do rio
com a função de um pequeno electrodoméstico.
de cada vez que digo: a terra fica mais escura ou
com a função de um pequeno electrodoméstico.
de cada vez que digo: a terra fica mais escura ou
guarda bem o segredo e para sempre essa caixa, o frio
de uma taça qualquer aparece e logo o comparo a uma lanterna
de aço, ao movimento dos ombros quando subimos a rua. ainda há botões
dentro dos frascos, ferrugem e humidade nas linhas, cascas
de uma taça qualquer aparece e logo o comparo a uma lanterna
de aço, ao movimento dos ombros quando subimos a rua. ainda há botões
dentro dos frascos, ferrugem e humidade nas linhas, cascas
de laranja que colecciono secas e costuro a apertá-las muito
no forro, na metade cinzenta do teu casaco. ainda há pouco
dizia: os estilhaços parecem redondos, quando
queria ter dito: o reflexo nas árvores
no forro, na metade cinzenta do teu casaco. ainda há pouco
dizia: os estilhaços parecem redondos, quando
queria ter dito: o reflexo nas árvores
as mãos de um deus.
44 comentários:
você e suas palavras-colcha-de-retalhos...
"cascas de laranja que colecciono
secas e costuro a apertá-las muito
no forro"
gosto tanto aida
abracinho
e os estilhaços como folhas de árvores caídas nos outonos.
bonito, aida.
E o reflexo das árvores nos nossos olhos...
Aida, gostei do seu espaço e dos poemas que fui lendo. Um beijo.
posso não dizer nada e só dizer que sinto?
é que, às vezes, preciso só de sentir...
e sente-se, aida, sente-se.
gosto muito de le-la...
demoro porwue é mais gostoso vir e ler um bocado...assim demoro ouvindo essa canção que é uma das que mais adoro.
bom fim de semana
bru
acho que vou (mas é) começar a coleccionar estes poemas e a costurar um no forro de cada casaco meu.
:)
E fica o aroma de laranja nas cores que cheiram a cinzento. Leva-se na pele, Aida.
Lindos versos, que descortinam a geografia lírica com cheiro de casca de laranja.
Ótimo blog, visual caprichado, escritos interessantes, parabéns.
Bjs.
regresso meio reconfortada apesar do muito calor e da imensidão das areias
.
.
os desertos são assim
.
tórridos ,mas deixam sempre imensa saudade quando os deixamos...
regressei ,mas não voltarei mais ao Imprimatvr .quem quiser encontrar.me doravante terá de o fazer
em verso:
http://cantochao.blogspot.com
em prosa:
http://pontocardealnorte.blogspot.com
porque o Imprimatvr cumpriu.se!!!!!
ps - um beijo .espero.vos ,se tiverem a pachorra de me aturar e ler nas direcções acima indicadas .gozem as férias .eu continuo disfrutando.as ,ao máximo ,em outros lugares e latitudes .mas vou estando ,também ,por aqui/ antes ,por ali ... até!!!!!!!
Obrigada, Aida, por sua presença no meu blog.
Beijos...
... sempre belas as tuas palavras e repito-me porque do belo nasce o belo... estive no andanças... e lá encontrei o belo... o puro... o mágico... o real da utopia dos meus sentidos...
... um grande beijo e quando vieres cá abaixo apita... adorava rever-te...
tu transformas as palavras em raios de sol.
tão belo o poema e o quadro!
será assim a casa do deus?
um abraço
jorge
"os estilhaços parecem redondos, quando queria ter dito o reflexo nas árvores as mãos de um deus."
E eu queria ter dito: "os estilhaços parecem redondos"
mas o que disse foi mesmo: "o reflexo nas árvores as mãos de um Deus"
Quando não se diz o que se queria dizer, acaba-se dizendo o mesmo por camuflagens mais suaves.
O layout tinha que ser, aquele antigo já me estava a dar muitas comichões, tinha que o mudar.
beijos
Kerubina
são como línguas de gato
amanteigadas
no sabor da tarde
SÓ A POESIA CONSEGUE ARREDONDAR
ARESTAS - MESMO SABENDO QUE AS ARESTAS - POR VEZES TAMBÉM SÃO NECESSÁRIAS - E OS ESTILHAÇOS
BELO
A geografia do rio corre mais devagar que as suas águas. Os sedimentos depositados pelo solo serão com certeza uma nova vida para vários seres. Os estilhaços redondos? Como são as folhas das árvores? Rectangulares?
Lindo!
Bjzz
Há pessoas que têm o verdadeiro dom de fazer coisas bonitas. Obrigada.
Quase me sinto em casa, aqui.
Beijinhos*
retalhos de um tempo, natália.
abraço.
obrigada, sophia.
gosto tanto quando chegas e do abracinho que me deixas quando partes. outro apertadinho
para ti:)
ana,
(...) e a memória seca das folhas. o vento que fica sempre depois de cada outono.
um beijinho.
um abraço bom, graça.
...
eyes shut,
precisamos todos um bocadinho
(e às vezes, muitas) desse só sentir.
um beijinho.
blue,
beijinho e sorriso.
bru,
a porta está sempre aberta, a música sempre a tocar e as cigarras gostam de companhia:) podes entrar e ficar o tempo que quiseres. obrigada pelas palavrinhas.
um abraço.
um sorriso que não cabe aqui, menina tóxica.
gostei tanto do que disseste que não tenho palavras.
(...) guarda alguns abracinhos meus
no bolso do teu casaco, sim?
:)
(...)
são muitas as memórias
no aroma de uma laranja. elas parecem gomos escondidos por detrás da pele.
abraço grande, cns.
um abraço, tiago.
volta sempre. não percas
a geografia que te trouxe a esta casa:)
querida gabriela,
eu encontrar-te-ia até na china:)
uma vez perto da vista, para sempre
no coração.
:) beijinhos.
natália nunes,
:)
beijinho, isabel.
fico contente com o regresso.
combinado:)
abraço grande, jorge.
talvez um dia, a essa pergunta, (quem dera) possamos responder.
um abraço, kerubina.
e o mais importante é irmos dizendo.
lâmpada vermelha,
o tempo antigo que regressa sempre.
abraço.
sim. é verdade, mar.
obrigada pela visita. o mar aqui
é sempre bem vindo.
um abraço.
peixinho,
uma forma diferente para cada dia. sempre a mesma textura.
um abraço.
a casinha também é tua, vanessa:)
um beijinho a agradecer as tuas palavrinhas nela.
Lembrou-me Murilo Mendes.
:)
abraço.
olá!
vim retribuir
o abraço
e dizer assim:
a tua escrita é mesmo mesmo
linda
:)
olá!
um abracinho.
é bom ver
o mar aqui:)
Ès o brilho dos meus olhos...
Tenho muito orgulho em ser tua irmã!!!
Beijinhos,
Claudia Sofia
:)
e tu a minha!
(sorrisos e olhinhos a brilhar)
gosto muito quando me visitas nesta casinha.
beijinhos.
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