podemos conversar sobre as árvores que ainda existem na tua rua.
sobre os livros que esquecemos e de algumas pessoas que morreram
nos últimos anos. talvez ainda lembrar o sentido dos comboios e
a insignificância extraordinária que damos aos homens que obedecem às leis,
aos carteiros de bicicleta e mala a tiracolo de pele. eles não prescindem
dos factos e todas as cartas são entregues numa matemática quase perfeita
na convicção de que um esconderijo poderá demorar anos até
se tornar habitável por outros homens. podemos conversar sobre tudo
o que não é segredo. não poderemos voltar a falar de amor.
18 comentários:
Incrível a forma como este teu texto consegue dizer tudo. Nem se consegue dizer mais nada..
Está carinhosamente perfeito. :)
Beijinhos! :) **
Um poema às vezes consegue dizer absolutamente tudo dizendo quase nada.
e morreram muitas sim...
abraço bom
Gosto deste Janeiro...
obrigado pela visita
e
beijos
*
eu prefiro o silêncio, a distância às palavras vazias de sentido, de peso, de fome.
beijo :)
falar e escrever. sempre.
não sei se consegues. fluite o amor falado eescrito
é difícil dizer esse tudo (como disseste) ou o quase-tudo (como prefiro dizer) e depois há ainda o quase-nada que fica por dizer. sinto que compreendes o que pretendo dizer (...)
um beijinho, liliana;)
um beijinho, dade amorim;)
mas existem as árvores.
um abracinho, sophia;)
obrigada, 0.05, também gosto do janeiro; marca sempre o começo de algo;)
um beijinho muito grande, natália;)
entendo o que dizes quando falas do silêncio e da distância. a distância tem um silêncio muito próprio.
escrever, sempre. que escrever é também uma forma de falar:) um abraço, laura.
muitos sorrisos e obrigada, M.
pequenas palavras que nos dizem tudo:)
A tua maneira dócil de falar sobre a tristeza...
Sofia.
espero que seja sempre assim e não o contrário;)
um beijinho e um doce, Sofia.
Fantástico. Tens que colocar uma caixa para podermos seguir o teu blogue. Eu seguirei.
obrigada pelas palavrinhas, Luís:)
Vem sempre!
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